28/11/14

MINHA VIDA, MEUS SEGREDOS!

VIDA PRÓSPERA

Depois do artigo de ontem sobre a inveja ter recebido tantos comentários e partilhas, achei por bem dar de alguma forma continuidade ao mesmo, desta vez falando sobre os relacionamentos com especial foco nas amizades. As amizades são um dos pilares da nossa caminhada vivencial. Os amigos são a família escolhida ou a família do coração. No entanto, nos dias que correm o termo "Amizade" está de alguma forma deturpado. Consideramos amigos as pessoas que fazem parte das nossas redes sociais, abraçamos o virtual e aos poucos vamos substituindo as raízes das nossas crenças sobre esse tipo de relacionamentos.

Mas o foco deste post não será sobre a definição ou sobre os conceitos associados à amizade. Será antes, um alerta sobre o que é a nossa vida e sobre o que partilhamos, por vezes de forma automática com o mundo exterior. Já à muito tempo que ouvimos que "o segredo é a alma do negócio". Na nossa vida aplica-se o mesmo princípio. Tal como o título deste artigo diz: Minha Vida, Meus Segredos. Existe uma necessidade extrema de partilharmos com os outros as nossas dúvidas, frustrações, alegrias e sonhos. Se por um lado o acto de partilhar é algo louvável, a verdade é que partilhar aquilo que só nos diz respeito a nós mesmos pode trazer consequências catastróficas na nossa vida.

Como as gerações antigas acreditavam, "o travesseiro é o melhor conselheiro". Essas gerações sabiam do que falavam. Nessa altura a grande universidade de conhecimento era a universidade da vida, a única que de facto tráz resultados práticos para a vida de cada um de nós. Hoje, temos tanta necessidade de mostrar "ao mundo" o que somos e o que habita a nossa mente que acabamos por viver constantemente ao lado de "estranhos" que gentilmente apelidamos de "amigos". Felizmente, acho que uma crescente parte da população está finalmente a "acordar do transe" e a querer recuperar o controle da sua própria caminhada vivencial. Já está mais que provado que viver com as portas da mente e do coração permanentemente abertas, não só nos faz retroceder no nível de bem-estar como nos retira o que deveria ser protegido a sete chaves: os nossos pensamentos, emoções e acções. 

Se analisarmos um pouco por todo o mundo as pessoas que consideramos serem portadoras de vidas prósperas e de sucesso, conseguimos encontrar várias semelhanças. A primeira é a quantidade de verdadeiros Amigos que cada um possui. Normalmente o número é restrito a umas 5 ou 10 pessoas. Existem muitos conhecidos e contactos profissionais, mas Amigos na verdadeira essência do termo são muito poucos. Além disso existem apenas 1 a 3 pessoas desse grupo a quem são abertas de forma parcial, as portas da intimidade. Por intimidade perceba-se o conteúdo da mente. Sim, porque nem os amigos são contemplados com todo o conteúdo privado. Os que necessitam de orientação, procuram em vez dos amigos, profissionais ou conselheiros e que os auxiliam a resolver determinados enigmas ou que com eles caminham na escalada pelos seus objectivos.

Este fenómeno, está cada vez mais em voga especialmente porque os profissionais como conselheiros, coaches ou mentores não só não julgam como estão focados em soluções e não nos problemas. Os amigos por outro lado, pela sua associação emocional, tendem a relevar o problema mostrando o seu apoio mas não conseguem fazer o "brainstorming" necessário para nos encaminharem para uma resolução. Não pretendo de forma alguma menosprezar o papel dos amigos, eles são fonte vital para uma vida plena. O que pretendo alertar é para o tipo de conteúdo que com eles partilhamos. Nós somos os únicos responsáveis pelo que está alojado na nossa mente e no nosso coração. Cada um de nós tem uma visão própria da vida e crenças que de alguma forma limitam a nossa interpretação da realidade. Quando partilhamos com outros o que é a nossa intimidade, estamos a abrir uma porta para que elementos externos possam entrar no nosso "ninho" e muitas vezes, apesar das boas intenções das outras pessoas, o saldo é tremendamente negativo.

As amizades, da forma como estão formatadas no presente, muitas vezes terminam com o dobro da velocidade com que são iniciadas. Por isso mesmo, é preciso ter muito cuidado com o tipo de informações que deixamos sair do nosso "cofre". O mais prudente a se fazer é manter o que é nosso onde pertence: dentro de nós mesmos. Devemos a todo o custo evitar deixar sair cá para fora aquilo que acaba por ser a nossa própria essência. A vida próspera é a consequência de quem tem um auto-conhecimento profundo e sabe gerir as suas competências pessoais e profissionais de forma positiva. Por esse mesmo motivo, mais uma vez volto a relevar a importância da meditação como ferramenta de equilíbrio mental e emocional.

É óbvio que sempre que temos uma novidade, ficamos impacientes para partilhar a mesma com os outros, em especial com os amigos. Mas acredite quando lhe digo que nem todas as conquistas devem ser partilhadas com o mundo exterior. Como exemplo vemos as figuras públicas que vêem a sua vida disposta nas páginas dos jornais e revistas e nas telas de computadores de todo o mundo. No entanto por mais "públicas" que as suas vidas sejam, existe uma parte que nada nem ninguém ultrapassa. São esses por norma os que conseguem vidas abundantes e conseguem manter uma caminhada ascendente até ao final. Por tudo isto, espero que você meu leitor, possa reflectir sobre a prosperidade na sua vida, e sobre as consequências que a partilha dos seus segredos com outras pessoas podem trazer.

Lembre-se que "SE DESEJA UMA VIDA PRÓSPERA, ESCOLHA COM CUIDADO COM QUEM A PARTILHA".

Forte Abraço,
LUIS ALVES

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