17/10/14

COMUNICAÇÃO SOCIAL MEDÍOCRE

COMUNICAÇÃO SOCIAL OPINIÃO

Hoje, e ao contrário do que é habitual, irei pronunciar-me sobre algo que me tem verdadeiramente incomodado nos últimos anos. Não farei das palavras instrumentos de rancor, raiva ou qualquer emoção menos própria e que possa destabilizar o meu equilíbrio. Desde 2011 o conteúdo que leio na imprensa (convencional e digital) e vejo na televisão passou a ser seleccionado com rigor. Isso traduziu-se numa melhora drástica na minha qualidade de vida. E porque será?

Quero-vos falar sobre a comunicação social de forma geral. Óbvio que para tudo existem excepções, mas neste caso irei referir-me aos meios que atingem as massas, aqueles que são mais lidos e vistos e aos quais as pessoas mais dedicam tempo útil da sua vida. Costumo dizer que a qualidade dos conteúdos apresentados pelos meios de comunicação social, é proporcional ao estado de espírito da população. Mas nem sempre. Por vezes é a comunicação social que tem o poder de manipular o bem-estar da população. Mas claro, isto apenas acontece se o permitirmos.

Vamos focar-nos no individual e não no colectivo por uns momentos. Quem decide o que entra dentro da nossa vida somos nós. Ninguém nos força a ler ou a ver algo específico. Felizmente, e com o mercado informativo e de entretenimento cada vez mais variado, temos à nossa disposição um cardápio repleto de escolhas saudáveis e que nos podem acrescentar algo positivo. Então pergunto-me, como é que espera que a sua qualidade de vida melhore se continua a alimentar a sua mente com conteúdos medíocres?

Vou dar um exemplo. Desde que resolvi assumir o controlo da minha vida, tudo o que entra nela é criteriosamente seleccionado. Na televisão, confesso que não vejo 1 canal generalista. Em alternativa resolvi escolher programas culturais, debates interessantes, cinema de qualidade e ao mesmo tempo documentários que me possam agregar valor enquanto pessoa e profissional. Fartei-me de novelas onde se convive com traição, corrupção e vulgaridade. Não suportei mais reality show's onde se aplaude o conflito e se dá valor a pessoas que não o merecem. Escolhi não deixar mais que conteúdos escritos sensacionalistas, vagos e sem bases de sustentação, fizessem parte da minha rotina diária.

Nos dias de hoje, como sabem no Brasil, estamos em tempos de eleições presidenciais. O conteúdo gerado à volta deste marco importante na história do país, tem apenas servido para incitar o ódio entre os apoiantes de cada candidato. Nada de produtivo se lê, ouve ou vê que faça alusão ao futuro político do país. Relevam-se problemas e não se apresentam soluções. Distorcem-se acontecimentos, atacam-se grupos e manipulam-se opiniões. Com isto, a credibilidade da população fica volátil e sem força.

Em Portugal por sua vez, o conteúdo de jornais de qualidade, foi substituído por títulos distorcidos e sensacionalistas. As crónicas, outrora ferramentas de reflexão tornaram-se fúteis e sem qualidade editorial. A televisão por sua vez, oferece programas que seduzem o estado de miséria intelectual e onde se vangloria a vulgaridade. Não apenas os programas de variedades são cada vez menos credíveis como as estrelas do horário nobre apenas provam que é na polémica que estão os ganhos. Isto tudo leva-me ao cerne da questão.

Como esperam as pessoas que os seus respectivos países mudem se cada vez mais se alimentam de matéria sem qualidade? Será que a energia e empenho que as pessoas aplicam ao criticar artigos nas redes sociais não seriam melhor empregues nas suas respectivas vidas? Somos responsáveis pela qualidade da nossa vida. Não existem governos, partidos políticos, organizações e religiões que possam destruir o poder da auto-responsabilidade. Se espera que a sua vida possa evoluir e que o bem-estar seja constante, não pode jamais continuar nessa estrada de deprimência e mediocridade. A sua vida apenas mudará se você fizer algo diferente. Garanto-lhe que a escolha do conteúdo que lê e vê na comunicação social, fará toda a diferença.

Experimente ficar 1 semana sem ver novelas. Em alternativa, dedique esse tempo ao seu cônjuge, aos seus filhos, à família, aos amigos e especialmente a si mesmo. Faça uma reflexão sobre o seu dia, releve as pequenas conquistas, programe o dia seguinte e troque afectos. Lute incessantemente por si e pelos seus e deixe o vício dos conteúdos de baixa qualidade. Quando nos focamos na nossa vida e escolhemos eliminar todo o conteúdo que não está de acordo com o nível que pretendemos dela, as transformações acontecem quase de imediato.

É importante relevar que todos nós somos o resultado do que vemos, sentimos e ouvimos. Escolha com atenção tudo o que alimenta a sua mente, afinal todos nós merecemos uma vida melhor. Pense diferente! 

Lembre-se que: "A QUALIDADE DA NOSSA VIDA É PROPORCIONAL À QUALIDADE DOS CONTEÚDOS QUE CONSUMIMOS"

Forte Abraço,
LUIS ALVES

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