08/05/14

REDES SOCIAIS LIBERDADE OU CONDENAÇÃO?

LUIS ALVES COACHING

AS REDES SOCIAIS
Como profissional, utilizo o "mundo virtual" para me comunicar e as redes sociais para partilhar as minhas mensagens. Por isso mesmo achei pertinente que hoje escrevesse sobre as redes sociais e sobre o que elas representam na vida social dos dias de hoje. As redes sociais são ferramentas poderosíssimas seja na vida pessoal para nos comunicarmos com amigos e família, como no nível profissional, onde as empresas estabelecem relacionamento com os seus clientes. Algo curioso das redes sociais (e que já falei anteriormente) é o peso social que elas representam em pleno 2014. Uma mera e "inocente" foto pode, em questão de minutos correr o globo e ultrapassar os vários milhões de compartilhamentos. Com isso surgem os comentários, as discussões, as opiniões e a inevitável condenação.

O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS
Diariamente percebemos que o poder das redes sociais ultrapassa a barreira dos aspectos jurídicos. Na vida em sociedade, uma condenação em pleno Facebook ou Twitter ocorre à margem da lei, fruto da opinião popular, que na maioria das vezes é manipulada. Hoje em dia qualquer pessoa tem acesso a programas de adulteração de imagens e com isso não é incomum todos os dias serem lançados "boatos" não assentes em bases verdadeiras e que trazem resultados simplesmente caóticos na vida da pessoa em questão. Se a intenção da existência das redes sociais é baseada na liberdade de expressão, a verdade é que elas hoje são um tribunal de opinião pública. Uma difamação ou postagem mal intencionada pode acabar com a honra, com o estatuto, com a privacidade e muitas vezes (infelizmente) com a própria vida. Fico chocado com as notícias que são publicada um pouco por todo o mundo de "crimes de ódio" derivados das redes sociais. Não quero com isto invalidar o impacto positivo das redes sociais mas acho cruel que elas sejam utilizadas para o mal.

A POSTURA SOCIAL
Infelizmente, outra das características das redes sociais é o tempo. As pessoas querem "absorver" o máximo de informação no menor tempo possível. Com isso um "inocente like" no Facebook pode criar um efeito bola de neve gigantesco com consequências dramáticas. Raramente quem "curte" ou "partilha" alguma postagem verifica a sua autenticidade, ela chama a atenção ou choca e de imediato a pessoa interage. Além de curtir e de partilhar é comum no caso de algo polémico (verídico ou não) que existam os comentários. Nos comentários começa o "julgamento" social. É nesse espaço que começam as condenações. O problema é que os comentários são na sua maior parte infundados ou seja, sem que exista a verificação ou comprovação da veracidade da informação em questão. Por isso mesmo é de suma importância que saibamos exactamente o que estamos a fazer. Com a liberdade das redes sociais vem a responsabilidade social. O poder de destruir a vida de alguém está neste momento nas "mãos" de pessoas anónimas e com as quais você não consegue comunicar de forma directa para fazer a "sua defesa". Por tudo isto reveja a sua postura e passe a assumir a responsabilidade de ser coerente e de propagar apenas e só a verdade. Se algo lhe gera dúvida não partilhe ou interaja sem confirmar a fonte da informação. Assim estará não apenas a ser responsável e justo como estará também a proteger-se a si mesmo(a) em situações futuras.

LUIS ALVES LIFE PERFORMANCE

A IMPRENSA
A imprensa é outra das culpadas nestes casos de condenação. Fico impressionado com a quantidade de jornais e revistas com equipes especializadas em "vasculhar" as redes sociais por "notícias". Na sua maioria porque algum famoso coloca um a foto de "pijama" vira capa de jornal. Se alguém de destaque social come "fast food" é porque não cultiva a vida saudável que diz nas entrevistas e por aí vai. Inventam-se conteúdos, distorcem-se factos e manipula-se assim a mente social em busca de ganhos com vendas e acessos. Acho que a seriedade jornalística está em risco e a qualidade dos conteúdos é sem dúvida cada vez menos interessante. 

A PRIVACIDADE
Por tudo isto, mesmo que você não seja alguém "famoso", correrá os mesmos riscos. Uma foto menos própria, um comentário mais "acesso" e basta que um amigo compartilhe o seu conteúdo e rapidamente ele se espalha. Publique de forma responsável, mantenha a sua privacidade o mais restrita possível. Infelizmente não vemos quem está do outro lado do computador e se mal intencionado podemos estar a comprar uma dor de cabeça difícil de curar. Da mesma forma respeite a privacidade dos seus contactos nas redes sociais. Evite partilhar as fotos de alguém na sua própria rede. Se o seu amigo partilhou algum conteúdo consigo certamente não será para que você espalhe pelo mundo. Por isso existem as publicações "Públicas" ou para "Amigos".

A SUA RESPONSABILIDADE
Antes que assuma o papel de júri popular, tente saber todos os factos. Não baseie a sua opinião no que os outros dizem ou no que a generalidade da população pensa: você é único e deve estabelecer as suas opiniões baseado(a) nos seus próprios valores, crenças e visão. Evite tecer comentários depreciativos públicos. Prefira criar uma conversa restrita com os seus amigos mais próximos para discutir o assunto. Evite julgar antes de saber todos os contornos das situações. Seja diferente, seja justo, seja responsável, seja Humano. Afinal, só se cada um de nós fizer o seu papel, o mundo pode ser um lugar melhor. Da mesma forma que luta pela sua liberdade, respeite a liberdade dos outros e por vezes um gesto inocente da sua parte pode retirar a liberdade de alguém, por isso seja responsável.

Lembre-se que: "PEQUENOS GESTOS INOCENTES PODEM RESULTAR EM GRANDES CONDENAÇÕES"

Forte Abraço,
LUIS ALVES

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