Nos últimos anos a palavra "Bullying" chegou ao topo da lista das agressões psicológicas mais nocivas da vida em sociedade, especialmente na camada mais jovem da população. A verdade é que esta forma de tortura psicológica existe quase desde o início da civilização, apenas não existia uma designação específica para este tipo de comportamento. O motivo que me leva a falar sobre este tema neste dia, prende-se com um caso recente onde um concorrente do popular programa "Ídolos" em Portugal, foi ridicularizado em horário nobre, em um dos canais de maior audiência no país. No programa em questão, a produção "optou" por acrescentar um grafismo com umas orelhas gigantes ao rosto do concorrente.
Independentemente da fisionomia das orelhas do jovem, jamais um canal de televisão tem o direito de publicamente usar de artifícios para denegrir a imagem de um cidadão. A reacção nas redes sociais foi imediata e são muitas as críticas ao canal, ao programa, à produtora e essencialmente à ética dos conteúdos transmitidos. Mas o mediatismo deste caso deve-se ao facto de ter ocorrido na televisão. Infelizmente são milhões os jovens em todo o mundo que não conseguem encontrar o mesmo grau de solidariedade no bullying que sofrem, fora dos holofotes da televisão.
A imprensa de forma geral, tem dado um enfoque grandioso a este comportamento que tem sido veículo de grandes tragédias. Mas será o alerta generalizado suficiente para diminuir ou abolir de uma vez por todas este comportamento de tortura? Creio que o cerne da questão é muito mais profundo do que aparenta. As bases para qualquer mudança comportamental social assenta nos pilares da boa educação. Não apenas a educação nas escolas (onde acontece o maior número de agressões) mas também em casa. Os pais são os principais fios condutores dos comportamentos sociais, embora muitas vezes não tenham essa consciência.
O simples rir ou gozar com alguém enquanto se vê um filme ou programa televisivo pelo excesso de peso, as feições pouco comuns ou qualquer outra característica que suscite uma reacção emocional de um actor ou actriz ou de um profissional de televisão, e quando isto acontece à frente dos filhos, os pais podem inconscientemente estar a despertar o mesmo comportamento fora deste ambiente. As crianças por norma são mais puras e mais directas nas suas reacções, e é necessário ter redobrada atenção para o facto de que uma criança tenta sempre imitar ou espelhar as pessoas que admira. Se o pai chega a casa todos os dias e reclama do patrão, goza com algum colega de trabalho ou critica alguém por algo inusitado, o filho, enquanto admirador da figura paterna, irá certamente adoptar o mesmo tipo de postura na sua vida diária.
Não se fala muito de bullying entre adultos, talvez pelo facto de que este comportamento nesta fase não se baseie tanto na crítica destrutiva, mas na tentativa de estabelecer comparações em que o "agressor" tenta mostrar que é mais ou que tem mais do que outra pessoa. A saída fácil neste caso é ridicularizar as pessoas que competem com ele em busca de atenção ou destaque social. Embora em qualquer idade o Bullying resulte em tristeza, frustração, raiva e muitas vezes depressões, o adulto encontra mais ferramentas à sua disposição para lidar com a situação.
O caso é diferente quando falamos de crianças que na maioria das vezes vivem num casulo próprio e não exteriorizam as suas emoções com os adultos. Existem muitas famílias que desconhecem que os seus filhos são agressores ou então são agredidos diariamente. É fulcral para a saúde mental da sociedade que se acompanhe as crianças hoje, para que amanhã possam tornar-se "homens" sem qualquer limitação emocional. Os pais podem encontrar na literatura de auto ajuda uma excelente ferramenta para fornecer aos filhos que desta forma tomarão consciência dos comportamentos nocivos e que podem comprometer o seu futuro e o do outros.
A quem sofre de bullying, os pais devem encorajar para que a criança tome consciência do seu verdadeiro potencial e possa desde cedo viver focado no que ele é e não no que "os outros" insistem em afirmar com maldade. Os grandes pilares da nossa personalidade são construídos durante os anos escolares, por isso incentive os seus filhos a buscar o equilíbrio desde cedo para que em idade adulta possam assumir uma postura firme, responsável e acima de tudo de respeito para consigo e para com os outros.
O Coaching, o Mentoring e o Holomentoring são soluções adequadas também para jovens. Embora a idade ideal para começar um processo seja a partir dos 14 anos (com a devida autorização dos pais), é cada vez mais comum ver crianças a partir dos 6 anos a trabalhar desde cedo o seu potencial humano. Dos 6 aos 13 anos é recomendado que os pais façam também sessões em simultâneo para poderem criar bases educacionais mais firmes com apoio do profissional. Se deseja encontrar uma solução para o seu filho ou filha, use o formulário de contacto para enviar a sua mensagem.
Lembre-se que: "O BULLYING SÓ SERÁ ELIMINADO ATRAVÉS DE BOAS BASES EDUCACIONAIS".
Forte Abraço,
LUIS ALVES
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